terça-feira, 27 de novembro de 2007

sketch TIA CHICA DA SÉ (quadro nmr 1)

este é um trabalho poético com cariz teatral e que foca hábitos e costumes populares de boa disposição,crítica social .

abre o pano

tia chica ai credo meu Senhor
como tou cansada
com todo este calor
uma mulher fica arrasada

" " isto tá mesmo apertando
tá bom é para ir até á praia
e é o que tou pensando
talvez até lá vaia

" " talvez seja melhor ficar sossegada
e ficar aqui no meu cantinho
minha idade já vai avançada
e o meu corpo um pouco cansadinho

" " ai mas quando era nova
e como nunca fui feia
na praia era posta á prova
era a rainha da areia

" " ai meu Deus naquele tempo
nao se ia á praia como agora
e só quando tava algum vento
é que se via algum rabo de fora

" " a roupa de praia era diferente
não se via rabos nem peitos
e mesmo assim via-se muita gente
com corpinhos bem feitos

" " agora é uma loucura
quanto menos roupa melhor
ai credo com tanta frescura
isto vai de mal a pior

" " são as velhas de papo ao léu
os homens só de tanguinhas
as novas depapo pró céu
e isto até mesmo nas criancinhas

" " a praia hoje só serve é para engatar
lá não falta por onde escolher
e por todo o canto é gente a marmelar
e ninguém olhe se não quer ver

" " o melhor é eu ficar alada
alguém ainda me pode ouvir
e dizer que sou uma atrasada
que a vida não sabe curtir

" " mas já minha mãe me dizia
ser esperta é preciso
como anda tudo hoje em dia
é preciso ter muito juízo

" " e eu sempre acreditei nela
minha mãe era a voz da sabedoria
só saía verdades da boca dela
e eu ouvia com atenção tudo om que ela dizia

" " e ela dizia muita vez assim
filha a vida é dos espertos
tudo o que existe tem um fim
ai que conselhos tão certos

nesta altura entra em cena um novo personagem que dá pelo nome de Zé Cabreiro e que ao ser visto pela personagem em cena é alvo do seguinte comentário por parte desta

" " vejam só este desgraçado
vejam que rumo de vida
logo de manhã e já tá embriagado
até parece que nasceu com a bebida

Zé Cabreiro
olá tia chica querida
por aqui logo de manhãzinha
até parece que não tens vida
olha lá queres tomar comigo uma pinguinha

Tia Chica vai para o diabo com a tua pinguinha
sabes bem que eu nunca bebi
ai que vontade que eu tinha
de te ver agora como já te vi

Zé Cab. ahahah que ainda gostas de mim
mas eu sei bem pro que era
mas calma não me levas assim
eu não sou nenhuma quimera

Tia C. quimera !? sei lá isto o que é
não sei nem quero saber
ai Senhor que estás no céu
o que é que hei-de fazer

Zé C. não sabes o que hás-de fazer
faz o que sempre fizeste
não venhas é agora dizer
que nunca me quiseste

Tia C Eu alguma vez te quiz
és um bêbado desgraçado
alguma vez era feliz
com uma coisa como tu a meu lado

" " o que tu és pouco me importa
nunca quiz saber de ti
mais preferia cair morta
nem que fosse mesmo aqui

" " eu sempre procurei conforto
e felicidade também
agor tu não tens onde caias morto
não passa dum zé sem vintém

Zé C. agora é que falas assim
e falas porque és ingrata
mas já andaste atrás de mim
até foste comigo pá mata

Tia C. é maldito não digas mais asneiras
ainda podem pensar que é verdade
eu nunca fui nas tuas brincadeiras
percebi semore a tua maldade

Zé C . e quando eu te beijava
á noitinha atrás da igreja
e tu dizias que ali não dava
não apareça alguém que nos veja

" " tu nunca foste santa
mas agora és a tia chica da sé
uma mulher que a todos encanta
mas nem tudo parece ser aquilo que é

Tia C. é desgraçado vê se me largas
eu não sou mulhar que esmoreça
vá mas é tratar das tuas cabras
antes que eu te parta a cabeça

Zé C. pois é há verdades que custam ouvir
para ti isto é da história
ai chica não me faças rir
tu tás é com falta de memória

" tu hoje tens boa fama
és uma senhora requintada
mas já te tive na minha cama
feliz e toda mamada

Tia C . é seu grande mentiroso
alguma vez te quiz para mim
és um ser tão pavoroso
és uma coisinha tão ruim

" " eu sempre fui honrada
e cheia de virtude
agora esta alma malvada
ainda me quer dar cabo da saúde

" " tu vai mas é embora
antes que te vaia ao focinho
desaparece daqui para fora
vá para onde haja aguardente e vinho

Zé C. tá bem tá bem vou-me embora
não é preciso ficares zangada
não me queiras bater agora
eu te não te digo mais nada

Tia C. não me dizes mais nada
é desgraçado sem vida
esta tua boca malvada
acabou de dizer que era mulher da vida

Zé C. eu não disse mentira nenhuma
eu só digo é verdades
aqui ditas uma por uma
não me venhas agora com seriedades

" " sempre foste uma leviana
que viveu nesta freguesia
a tua seriedade a mim não engana
gente como tu vejo todo o santo dia

ZÉ ´C. e agora vou-me embora
mas vou todo consolado
deitei tudo cá para fora
já não podia ficar calado

dito isto zé cabreiro sai de cena todo apressado sem que tia chica lhe atire algo que tinha á mão

Tia C. já viram uma coisa destas
do pior que há na freguesia
tinha que vir falar mal de mim
ai, que comecei mal o dia

" " há dias em que não se pode sair de casa
é uma inquietação
é o sol a queimar como brasa
e a seguir aquele toleirão

" " ai credo o que faz a bebida
é uma calamidade
aquilo sempre foi uma vida perdida
nunca soube o que era felicidade

" " mas não faço caso do que ele diz
sei bem como ele é
o que importa é sentir-me feliz
e ser a tia chica da sé



cai o pano


tavares66

poema UM CORPO JOVEM

um corpo
duro sem vida
deixado ali
um corpo cheio de estilhaços
estendido no chão
um corpo gelado
como nunca vi
destruído pela guerra da salvação
um corpo com moscas
quase devorado
mentes tão toscas
num mundo malvado

com armas na mão
um jovem na batalha é lançado
feito de carne para canhão
um jovem feito soldado

um jovem sonhador no futuro
cheio de esperança á partida
lançado num mundo tão duro
acabou no chão gelado e sem vida

um jovem por todos amado
despresado morto no chão
nem tão pouco foi colocado
nas tábuas dum caixão

um jovem sonhador e feliz
com uma vida já planeada
mas o destino com ele nada quiz
morto por uma bala extraviada

tavares66

domingo, 25 de novembro de 2007

poema QUANTAS VEZES

quantas vezes estou a rir
com vontade de chorar
quantas vezes choro
com vontade de morrer
quantas vezes morro
sendo um morto vivo
e grito por socorro
por este motivo

para que fui nascer
para esta maldição
já não posso viver
mais nesta condição
para ganhar a vida
deixei a minha terra
deixei gente querida
como se fosse para a guerra

se isto é que é viver
não quero esta vida
sinto que estou a ser
mais uma alma perdida
e quando estou sózinho
no escuro sem luz
mesmo a rir baixinho
choro com a minha cruz

a vida é mesmo assim
vem surgindo á toa
pois ela para mim
não tem sido muito boa
ai tanto que já chorei
não o desejo a ninguém
tanto que já passei
por esta vida além

tavares66

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

poema SOU AQUELE

sou aquele que grita pela liberdade,
eu sou aquele que luta no momento,
eu sou quem procura felicidade
num mundo onde só há sofrimento

sou aquele que sente paixão
sou na verdade um apaixonado
mas nem sempre tenho a confirmação,
de que também sou amado

sou aquele que procura não ir ao fundo,
sou quem quer melhor vida
sou mais uma alma neste mundo,
que um dia também estará de partida

sou aquele que já não é criança,
há muito tempo que sou adulto,
mas nunca perdi a esperança
de um dia ver este mundo mais culto

sou aquele que deseja alegria
sou na verdade um lutador,
sou quem procura a companhia
de Deus Nosso SENHOR

tavares66

poema EU SOU AQUELE

poema EU SOU AQUELE

poema PORQUE É?

porque é que amo quem não me ama
porque procuro quem não aparece,
porque respondo a quem me chama,
quando nem resposta merece

porque te amo se não me amas,
mesmo sabendo que não me queres,
quando na verdade me enganas,
és igual ás outras mulheres

e agora estás implorando
quando tua vintade não é esta,
comigo andas disfarçando,
esta tua atitude não presta

porque é todo este sofrimento,
porque vivo eu com esta dor,
porque brincas com meu sentimento,
abusando do meu amor

porque é toda esta brincadeira,
em tudo o que fazes e não é pouco,
tens sido para mim traiçoeira,
estás a tentar por-me louco

porque é que vens se não te procuro,
porque não bates tua vida,
deixa que escolha o meu futuro,
porque contigo não tenho saída

porque me andas a perseguir,
quando entre nós nada existe,
agora um favor te quero pedir,
não me faças a vida mais triste

tavares66

quadras soltas nmr -1

quero ver a borboleta
nas minhas couves poisar
só não quero ver na valeta
um homem a rastejar



sou livre para pensar
sou livre para escrever
sou livre para amar
mas também
sou livre para sofrer



falo contigo é de fugidela
e com o meu corpo tremendo,
porque ao ver fechada tua janela
meu coração fica sofrendo

terça-feira, 20 de novembro de 2007

nota solta 2

tenho a poesia na alma

a alma no corpo

o corpo é meu


mas eunão sou da poesia

ela é que é minha

(tavares66)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

nota solta

a poesia é algo que vive comigo e eu sinto que vivo com a poesia,mas.... não me sinto nem jamais me sentirei escravo da poesia porque escrevo aquilo que me cai na ocasião sem olhar a regras poéticas há muito instaladas

poema A VIDA É UM MISTÉRIO

Quando era criança
mamãe me dizia,
vem cá coisa linda,
mas agora só tenho na lembrança
o quanto eu queria,
tê-la de novo aqui ainda

longe vão os tempos,
em que vivia,
com ela ao meu lado,
felizes momentos,
em que me sentia ,
um menino mimado

a vida é um mistério
por vezes tão dura
e agora no cemitério
choro na sua sepultura

á minha mãe devo,
tudo o que serei,
agora e no futuro,
e sobre o que escrevo,
pelo que já lutei,
num mundo tão duro

ainda me lembro ,
quando outrora
velava por mim,
até que num mês de Dezembro
ela foi embora,
a vida dela chegou ao fim

a vida é um mistério,
por vezes tão dura
e agora no cemitério,
choro na sua sepultura

lá se foram os sonhos
num mundo cruel,
que em nada se compadece,
foram tempos medonhos
com sabor a fel,
que nem sempre se merece

minha mãe em vida,
foi uma mulher honrada
e muito atenciosa,
agora á muito falecida
será sempre lembrada
como uma mãe tão bondosa

a vida é um mistério,
por vezes tão dura,
e agora no cemitério
choro na sua sepultura

uma mãe amiga e companheira
sempre pronta a ajudar,
qualquer dos seus filhos,
uma mãe boa conselheira,
sempre a indicar,
um caminho sem sarilhos

agora é com tristeza,
que lembro o passado,
já umm pouco diastante
embora tendo a certeza,
que tive a meu lado
uma mãe tão importante

tavares 66

poema/canção A VACA PORUGUESA

A vaca portuguesa ,
é concerteza
uma vaca excepcional,
entre todas a primeira ,
a mais leiteira,
um produto nacional

e logo de manhãzinha,
vai pela fresquinha
rumo á pastagem,
agitando o rabinho
pronta a dar o seu leitinho,
aí está a sua vantagem

vaca linda de manchas pretas,
vai aprontando as tetas,
ao dispor do lavrador
seu dono e companheiro,
que com ele ganha algum dinheiro
e a estima com muito amor

A vaca portuguesa,
.................................
.................................

esta vaca é formosa,
de anca mui jeitosa,
uma beleza em flor,
é uma vaca formidável,
de estatura notável,
orgulho do lavrador

a vaca é como a mulher,
quanto mais velha quer,
ser muito bem tratada
e se o dono for meiguinho,
ela a o seu leitinho,
á noite e de madrugada

A vaca portuguesa
.................................
.................................

e com destino marcado,
á sua espera um mercado,
seu viver não é duradoiro,
muita gente está a sentir
vontade de a digerir,
quando sair do matadouro

este é um triste fim,
mas a vida é assim,
ninguém escapa á sua sorte,
podem todos produzir,
que um dia há-de vir,
que acaba tudo com a morte

tavares66

poema: PAI

pai
não digas á mãe,
que eu já não vivo
com a mulher que tinha,
não digas á mãe
que agora ando
com a nossa vizinha
pai
estou metido em sarilhos
longe dos meus filhos
já não tenho nada,
agora já não posso viver,
com este meu sofrer
e a vida arruinada
pai
tu que muito me rogas,
para que largue as drogas
e a prostituição,
e eu não quero esta luta,
mas ninguém me escuta
é uma desilusão
pai
tu que em mim confias
anseias por melhores dias,
em mim tens esperança,
em que deixe de ser cretino
e que volte a ser o teu menino,
tal como era em criança
pai
desejas que tenha mais sorte,
que lute e que seja forte,
não me deixe ir ao fundo,
queres que seja diferente,
que dê na vida para a frente,
conquistando um lugar no mundo

pai
não digas á mãe
que no meu dia a dia ,
sou mais um perdido no mundo,
não digas á mãe,
que infelizmente ,
não passo dum vagabundo

tavares66

poema : COM PENA PEGUEI NA PENA

versão numero 1

com pena
peguei na pena
e escrevi sobre a minha amada,
mas com pena
vi que não valia a pena,
porque ela comigo já não quer nada

com pena
peguei na pena
e escrevi algo muito confiante,
mas com pena ,
vi que não valia a pena ,
porque a minha amada já tem um amante

com pena
peguei na pena
e escrevi toda a minha dor,
mas com pena
vi que não valia a pena,
escrever sobre o nosso amor

com pena
peguei na pena
e escrevi a minha desilusão,
mas com pena ,
vi que não valia a pena,
escrever mais sobre esta paixão

com pena
peguei na pena
e escrevi a minha má sorte,
mas com pena ,
vi que não valia a pena ,
porque a minha amada já me deu o corte

com pena
peguei na pena
e escrevi sobre a nossa vida,
mas com pena,
vi que não valia a pena,
oporque para mim já estás perdida

com pena
peguei na pena
e escrevi sobre o meu futuro,
mas com pena,
vi que não valia a pena,
lutar por ti num mundo tão duro

(tenho actualmente 6 versões deste poema os quais irei publicando)

tavares66

poema : SONHEI

sonhei
que eras minha,
então sonhando pensei
na sorte que tinha,
mas o sonho
não é realidade
e acreditar nele é medonho,
é estar longe da verdade

sonhei
e sonhando fiquei pasmado
e então verifiquei,
que simplesmente tinha sonhado,
mas acordei
e não estavas a meu lado
e então gritei,
por ter acordado

sonhei,
e a sonhar te quiz
e então pensei
que podia ser feliz,
mas o sonho é ilusão,
não representa a realidade,
até pode ser a confirmação
da nossa ansiedade

tavares66

poema : QUERO

Quero ir á tua aldeia,
quero ser mais popular,
quero nas noites de lua cheia,
muita gente para me escutar

quero fazer de profeta,
difundir minha pregação,
também quero ser poeta
nome consagrado nesta nação

quero ir de terra em terra,
para ser ouvido por velhos e novos,
quero pregar contra a guerra
salvaguardar a paz entre os povos

quero ver mais felicidade,
quero toda a gente feliz,
quero que esta sociedade,
seja tal e qual como se diz

quero ver corações nobres,
quero sentir o bem que se faz,
quero tanto ricos como pobres
unidos de mãos dadas e em paz

quero deixar esta mensagem,
para que todos dêm as mãos,
quero ver gente de coragem ,
vivendo como irmãos.

(este foi um dos meus primeiros poemas)

tavares66

domingo, 18 de novembro de 2007

exclusividade

este espaço será unica e simplesmente utilizado para divulgar a minha poesia e receber as criticas de quem o visitar.

espaço poetico e de opinião

ao criar este espaço tenho como objectivo promover e divulgar toda a poesia que escrevo ,pois esta é a unica forma que encontrei para ver tudo o que crio no mundo da poesia sair da gaveta onde tem até agora permanec ido.
neste espaço apresentarei os meus trabalhos poeticos colocando-os á disposição de quem visitá-lo estando também aberto a ouvir todo o tipo de opiniões e criticas.